As ameaças identificadas anteriormente iniciam o processo de extinção, mas a própria ecologia das espécies pode
determinar que estas entrem numa espiral conducente à extinção. Muitas vezes
não precisamos matar directamente o último individuo duma espécie, basta
reduzir tanto o seu número que torne impossível a sua sobrevivência. A este processo natural que pode levar à extinção duma espécie, chamamos de espiral da extinção...
Redução do tamanho das populações: Redução do número de indivíduos que formam parte duma população duma
espécie. O número total de indivíduos da espécie pode ser elevado, mas se cada
uma das populações da espécie (grupos de indivíduos de uma mesma espécie que
interagem entre si) é pequena os efeitos negativos podem produzir-se do mesmo
modo.
Depressão endogâmica: Efeitos genéticos
derivados do cruzamento de indivíduos geneticamente muito próximos. Este tipo
de cruzamentos pode provocar a aparição de doenças genéticas ocultas nos genes,
pela desaparição de genes saudáveis dominantes (genes que não produzem a doença
e impedem o funcionamento dos genes que a produzem).
Depressão exogâmica: Efeitos genéticos negativo
derivados do cruzamento de indivíduos geneticamente muito distantes. Indivíduos
muito distantes podem ter iniciado um processo de diferenciação genética que os
permita adaptar-se as condições do meio em que existem. O cruzamento pode dar
lugar a indivíduos não adaptados ao meio em que vivem.
Aumento da
estocasticidade demográfica: O sucesso reprodutor de uma espécie é aleatório. A
esta aleatoriedade chamamos de estocasticidade demográfica. Os problemas
genéticos podem reduzir o sucesso reprodutor, causando uma maior rapidez na
desaparição de uma espécie.
Redução dos fluxos
migratórios: Os fluxos migratórios são a deslocação de indivíduos
entre populações, esta deslocação fomenta o cruzamento entre estas populações
favorecendo a diversidade genética.
Incapacidade de adaptação
das espécies: As espécies incapazes de se adaptar ao meio em que
existe tem a tendência natural a desaparecerem.
Alteração das relações
ecológicas: A desaparição ou redução do número de indivíduos de uma espécie, pode
afectar as suas relações com outras espécies, provocando efeitos em cadeia de
extinção.
Desestabilização do
equilíbrio do ecossistema: Os ecossistemas encontram-se em equilíbrio. As
espécies que os compõem e o meio conseguem subsistir sem provocar grandes
alterações que provoquem a desaparição de nenhum deles. Qualquer alteração quer
do meio quer da biodiversidade, pode pôr em causa este equilíbrio provocando
uma reacção em cadeia de degradação do meio e desaparição de espécies
Aumento da
estocasticidade ambiental: O ambiente muda de modo aleatório naturalmente,
por exemplo uns anos chove mais e outros menos. A esta aleatoriedade chamamos
de estocasticidade ambiental. Existem eventos que tornam ainda mais aleatórias
as mudanças do meio pudendo provocar situações em que as espécies não se podem
adaptar.
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