quarta-feira, 2 de maio de 2012

A espiral da extinção…


As ameaças identificadas anteriormente iniciam o processo de extinção, mas a própria ecologia das espécies pode determinar que estas entrem numa espiral conducente à extinção. Muitas vezes não precisamos matar directamente o último individuo duma espécie, basta reduzir tanto o seu número que torne impossível a sua sobrevivência. A este processo natural que pode levar à extinção duma espécie, chamamos de espiral da extinção...




Redução do tamanho das populaçõesRedução do número de indivíduos que formam parte duma população duma espécie. O número total de indivíduos da espécie pode ser elevado, mas se cada uma das populações da espécie (grupos de indivíduos de uma mesma espécie que interagem entre si) é pequena os efeitos negativos podem produzir-se do mesmo modo.
Depressão endogâmica: Efeitos genéticos derivados do cruzamento de indivíduos geneticamente muito próximos. Este tipo de cruzamentos pode provocar a aparição de doenças genéticas ocultas nos genes, pela desaparição de genes saudáveis dominantes (genes que não produzem a doença e impedem o funcionamento dos genes que a produzem).
Depressão exogâmica: Efeitos genéticos negativo derivados do cruzamento de indivíduos geneticamente muito distantes. Indivíduos muito distantes podem ter iniciado um processo de diferenciação genética que os permita adaptar-se as condições do meio em que existem. O cruzamento pode dar lugar a indivíduos não adaptados ao meio em que vivem.
Aumento da estocasticidade demográfica: O sucesso reprodutor de uma espécie é aleatório. A esta aleatoriedade chamamos de estocasticidade demográfica. Os problemas genéticos podem reduzir o sucesso reprodutor, causando uma maior rapidez na desaparição de uma espécie.
Redução dos fluxos migratórios: Os fluxos migratórios são a deslocação de indivíduos entre populações, esta deslocação fomenta o cruzamento entre estas populações favorecendo a diversidade genética.
Incapacidade de adaptação das espécies: As espécies incapazes de se adaptar ao meio em que existe tem a tendência natural a desaparecerem.
Alteração das relações ecológicas: A desaparição ou redução do número de indivíduos de uma espécie, pode afectar as suas relações com outras espécies, provocando efeitos em cadeia de extinção.
Desestabilização do equilíbrio do ecossistema: Os ecossistemas encontram-se em equilíbrio. As espécies que os compõem e o meio conseguem subsistir sem provocar grandes alterações que provoquem a desaparição de nenhum deles. Qualquer alteração quer do meio quer da biodiversidade, pode pôr em causa este equilíbrio provocando uma reacção em cadeia de degradação do meio e desaparição de espécies
Aumento da estocasticidade ambiental: O ambiente muda de modo aleatório naturalmente, por exemplo uns anos chove mais e outros menos. A esta aleatoriedade chamamos de estocasticidade ambiental. Existem eventos que tornam ainda mais aleatórias as mudanças do meio pudendo provocar situações em que as espécies não se podem adaptar.

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